sábado, março 17, 2007

Cidade

Voou, ainda agora, por aí, um momento,
Que, como tantos, bem o sei, não é para agarrar:
Como as palavras que digo sem pensar
É livre mas carregado de sentimento.

Foi a lembrança da cidade que me fizeste ver
As saudades de ruas e praças enfiadas
No colar que se faz das rotinas acertadas
De ir e vir calmamente, sem correr...

Aqui a cidade é grande e nela nos gastamos.
O metro é um escavar diário pró destino
Tanta gente e ninguém com o sol-menino
Que por trás de uma catedral levantamos

Por ti espero, agora, paciente, hás-de chegar
E dirás que canseira! Tanto tempo que se passa
que podia ser tão nosso, a passear,
Eu e tu neste estado em que estamos, de graça...

Mas esta cidade em que se perdem tantos
Que não são como nós, encantados
Também nos oferece pequenos recantos
Que somos descobridores nisso empenhados!

E hei-de te mostrar o que amo nela, o que vi
Quando ainda estava prenhe, sem o saber,
Do que tinha gerado e guardado para ti
Que vieste para que eu ta desse a conhecer.

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