quarta-feira, dezembro 13, 2006

tusso

escavo no carvão que me cobre as pernas
podem as penas ter sobrevivido ao incêndio?
encosto-me ao tecto onde as ervas nascem
mas o sentimento escravo que me ofende
é mais forte... vem fora mas dói dentro

tusso os males que respiro com prazer
que tipo de combustão me falta provar?
estou farto da sede e do sangue a ferver.
aninho seres inertes no canto do quarto
são poucos, grandes... não podem durar!

insisto no mar que me passa as entranhas
será por isto que as luzes se acanham?
quero penas polidas mas crias sem brio
montanhas vestidas que vibrem de frio
mas ao acordar que os meus olhos cintilem.

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