sexta-feira, outubro 13, 2006

Felizardo

És um felizardo, disse-me uma amiga
Depois de ver o livro bonito que fizeste
A partir dos meus pobres relatos.

E eu sei que sou. Injusto, não percebo a redenção,
E deixo que de mim saiam, incessantes e fúteis,
As lágrimas do medo e dos erros
Que, sem saber como, fiz no meu passado,
Nuvens plúmbeas sobre um sol de cobre
Que é, contudo, luz total, mesmo contida.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.